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CURIOSIDADES



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Recém-formada. E agora?

Com o diploma em mãos, jovens saem da faculdade e se deparam com o mundo real. É preciso planejamento para contornar dúvidas.


Espero ser contratado pela empresa onde sou estagiário? Volto para a cidade dos meus pais? Dou sequência aos estudos e começo uma pós-graduação ou um mestrado? E se não aparecer emprego? É comum que formandos e recém-formados carreguem dúvidas que dependem de respostas e definições importantes e que nem sempre são imediatas. Depois de passar os últimos anos na faculdade, a cobrança da família, dos colegas e até interna costuma aumentar – principalmente em casos em que o universitário foi sustentado pelos pais enquanto se dedicava aos estudos.
Para evitar que a entrega do diploma seja acompanhada de um desespero desnecessário, cabe ao aluno, antes do último ano da graduação, buscar autoconhecimento e fazer questionamentos a respeito das áreas com que mais se identificou durante o curso. “É um erro achar que, ao se formar, tudo estará resolvido”, diz a especialista em Orientação Profissional Luciana Albanese Valore, professora de Psicologia da Universidade Federal do Paraná (UFPR).
Aquele famoso exercício de imaginar onde você quer estar em cinco anos ou mais pode ser útil também nessa época. Idealizar como quer que a carreira esteja em certo momento facilita a escolha de caminhos e decisões que envolvem estudo e trabalho. Se o objetivo é fazer carreira em uma determinada empresa, é bom buscar estágios relacionados à área e investir em uma rede de contatos. Para uma carreira acadêmica, experiências de monitoria podem ser úteis e a iniciação científica é um grande passo para um futuro pesquisador.


Orientação


São comuns preocupações com a própria a competência e com o mercado de trabalho. Se a escolha do curso já foi difícil, a definição do caminho daqui para frente pode ser ainda mais nebulosa. Por isso, pedir ajuda pode ser uma boa ideia. “Há profissionais orientadores que podem ajudar nesse planejamento de carreira. Esse é um momento que exige tanto cuidado e planejamento quanto o de ingresso na universidade. É natural que haja dúvidas, mas é importante lembrar que não é o único no planeta a passar por isso”, diz Luciana.
De acordo com a história pessoal de cada estudante, os dilemas podem ser completamente diferentes. Investir em uma viagem ao exterior em vez de encontrar um emprego logo após a formatura ou casar e engravidar antes de dar outros passos na vida profissional são preocupações recorrentes a muitos jovens adultos. Para essas e tantas outras dúvidas, a psicóloga Selena Garcia Greca, especialista em Orientação Vocacional, afirma que não há fórmula perfeita, apenas uma palavrinha mágica: planejamento.


Zona de conforto


Cada um deve analisar e planejar com muito cuidado, dando um significado maior para as suas escolhas e vendo o trabalho como uma missão de vida”, diz Selena. Ela lembra que, mesmo que a tão sonhada oportunidade de emprego não apareça logo, o estudante deve assumir uma postura ativa e estar preparado. “Não se deve ficar na ‘zona de conforto’ da casa dos pais. O aluno deve conversar com professores da faculdade – que poderão ser bons orientadores nessa fase –, elaborar um bom currículo, inscrever-se em programas de seleção ou concursos, investir em uma nova língua estrangeira e construir uma boa rede de relações”, sugere.

Fonte: Adriana Czelusniak – Gazeta do povo



SIM, ELAS TRAEM !

Ninguém quer ser vítima de uma infidelidade por parte do parceiro.  O que as pessoas não se atentam é que às vezes elas mesmas abrem brechas para que a traição aconteça e aí são vários os motivos que podem acarretá-la.

Juarez Lopes Neto, psicólogo e psicoterapeuta junguiano, explica algumas das várias causas que levam uma pessoa a trair o parceiro.

{...} Para a mulher, Juarez diz não ser tão diferente. “Para ela, pode haver uma necessidade de preenchimento afetivo porque não se sente querida, amada”, conta. Ele diz ter visto em suas consultas mulheres, próximas dos 40 anos, contestarem sobre a falta do desejo por elas e de se sentirem atraentes. É por isso que elas vão em busca de uma aventura para suprir esse sentimento.

Na maioria das vezes a traição pode ser um reflexo de que o relacionamento não anda bem. Juarez explica que as mulheres traem procurando uma compensação de uma relação vazia. Ele ressalta uma diferença entre a traição dos homens. “Muitas vezes eles acham ‘vergonhoso’ dizer não a uma oportunidade”, comenta. Mas ela não deve e nem é considerada algo natural. “Apesar de ocorrer com certa frequência, a traição não é vista como normal e corriqueira em nossa cultura”, comenta Juarez. A grande questão em torno do assunto é o fato de que, por serem “proibidas”, essas atividades extraconjugais acabam sendo mais atraentes e levam a pessoa à trair o parceiro. “A curiosidade também impele a isso”, diz.

O psicólogo diz que tanto o traidor quanto a vítima sofrem, pois apesar do desamor e da raiva do momento, ainda existem a vivência e o carinho de um pelo outro. “Algumas pessoas até preferem fingir que não veem para não ameaçar a estrutura familiar”, aponta.

Juarez diz que a traição não deve, mas pode ser perdoada. “Normalmente é uma reconstrução da relação. Se houver consciência para pontuar as divergências, as carências, os aprisionamentos, o casal pode se reorganizar. É preciso certa cumplicidade para curar a ferida que se abriu”, afirma.

Fonte: Fernanda Camargo - www.bolsademulher.com.br



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Queridas leitoras, segue abaixo um texto muito interessante sobre os conflitos do casamento.

Desejo que essa leitura seja um porto de desabafo pra você também.

(Texto cedido por uma leitora anônima)

Confira e comente. (compartilhe suas experiências conosco também)

Beijos. Lana Brito


Sabe aqueles dias em que, apesar do cansaço e da falta de tempo, nos dedicamos a topo vapor para torná-lo um dia especial? Como? Dispensamos a diarista, arrumamos a casa toda sozinha, fazemos aquele jantar especial, colocamos as crianças pra dormir mais cedo e ainda conseguimos ficar linda, cheirosa e sensual, por que afinal de contas, se aquele dia é pra ser especial, tem que ser completo e nós mulheres somos completas, vocês concordam? Pois é, mas existem homens que não são tão sensíveis para aproveitar esta realidade e o pior existem maridos que fazem questão de viverem negligenciando esta benção que tem em casa e preferem admirar e relaxar com um sofá, uma televisão e um café (ainda podemos citar a “outra interesseira”, mas não vamos falar sobre este ponto).
E ainda tem aqueles (companheiros), que diante de um jantarzinho especial ou depois de ver sua super produção e intenções, tem a coragem de dizer: “Estou com dor de cabeça.” ou “Não estou com fome. SIM,EXISTEM! Acreditem! Pois tenho um exemplar deste em a casa e a tiragem destes tipos é grande, mais do que material político em tempo de eleição.

Creio que muitas mulheres casadas, amigadas, ajuntadas (ou em algum tipo de casamento), já passaram ou VÃO passar por isso. O pior é que este tipo de atitude tende-se a intensificar em momentos mais críticos do casamento, em que estamos com mais compromissos ou quando não estamos mais dispostas ou arrasadoras como antes (como nos tempos de namoro, noivado ou recém-casada).
INFELISMENTE queridas companheiras, depois que temos filhos, depois de alguns anos de casamento, depois das rugas e estrias, nas crises financeiras ou quando estamos dependentes deles e etc. SÃO NESTES MOMENTOS, quando decidimos tomar uma atitude diferente para melhorar a situação, são os momentos em que mais nos decepcionamos e encaramos a verdade... QUE AQUELE HOMEM NÃO É MAIS O MESMO E NÓS NÃO SOMOS MAIS AS MESMAS.

Tudo começa quando não há mais prazer em passear juntos, quando não existem mais surpresas, as flores desaparecem, as caixas de bombons não chegam até nós, os presentes são os utensílios para o lar, enquanto um está na sala o outro está na cozinha e os abraços são somente avisos para a hora do sexo. SEXO?! Ah, Ah, Ah Quando se tem (depois de 15 dias ou mais) é mais rápido do que os banhos que eles próprios tomam (ou dizem que tomam).

Sinceramente, não entendo como conseguiremos seguir os ensinamentos de Deus, quando diz: “A mulher não tem poder sobre o seu próprio corpo, mas tem-no o marido; e também da mesma maneira o marido não tem poder sobre o seu próprio corpo, mas tem-no a mulher. (1 Coríntios 7:4)  OBS: Respeito totalmente os ensinamentos religiosos que buscam a paz, o amor , o repeito e a cumplicidade entre o marido e a mulher.
Sim, queremos nos entregar, nos dedicar e nos realizar com nossos companheiros, queremos tomar banhos juntos, assistir filme e comer pipoca juntos , queremos “gozar” juntos. Mas uma grande realidade é que NÃO HÁ POSSIBILIDADE DE SE RETIRAR O MUITO DO POUCO (ou quase nada), o que quero dizer é que eles (os maridos) devem entender e aprender que, não estaremos dispostas, felizes e fogosas à noite se durante o dia não formos estimuladas (e esta é a parte mais fácil), mas claro que eles NÃO querem entender.
  
O mais difícil de encarar é A REALIDADE QUE DESEJAMOS E AMAMOS AQUELE HOMEM, e como nós somos tão “facinhas” (“fácil”), esperamos uma única atitude sensível ou atenciosa, por parte deles, para então nos entregarmos totalmente em seus braços e beijos e esquecermos todas as “cavalices”, indiferenças e insensibilidades deles.
Mas dificilmente este sonho acontece. E o que tem acontecido é que estes homens só se despertam quando estão sob risco de perda e o pior é que eles não sabem, que quando chega a este ponto, humm... Não seremos mais tão “facinhas”. E a este ponto, tudo está desgastado, já teremos nos acostumarmos em que esperar deles e não arriscaremos novamente a sofrer o mal conhecido.
Claro que eles têm seus motivos e momentos. Muitas vezes exigimos muito, gastamos  ($)muito, choramos muito, e falamos muito. QUERIDOS MARIDOS. Isto é somente reflexo do que vocês não fazem (Não querem conversar, não querem comprar, não querem passear...).

MAS SORRIAM COMPANHEIRAS. A esperança é a última que morre. Todo poço tem um fundo e depende (novamente) de nós, para se ter uma mola que revitalize nossos relacionamento, sabe o que é? PERSEVERANÇA E AMOR (neste caso mutuo), pois, em minha opinião, podemos até nos sentirmos carentes, mas se nos sentirmos MAL-AMADAS ou QUE NÃO AMAMOS, será dar murro em ponta de faca. Desculpem a sinceridade, posso está equivocada, mas é no amor (mesmo morno) que suportaremos, perdoaremos e esperaremos a melhora.

VALE A PENA, continuarmos a dialogar com nossos companheiros (falar TUDO o que sentimos e esperamos), VALE A PENA, nos produzirmos e ficarmos mais belas do que já somos (primeiramente pra nós mesmas), VALE A PENA, continuarmos a fazer aquela comidinha gostosa e especial (afinal nós e nossos filhos também saboreamos), ENFIM – VALE A PENA, lutarmos por aquilo que iniciamos e construirmos com nossos esforços e amor – nosso CASAMENTO. EM ALGUM MOMENTO E DENTRO EM BREVE, eles (os maridos) enxergarão que o porto seguro deles, somos nós e eles são os nossos portos.

E ainda faço a apologia à religião. SE ESPIRITUALIZEM! Não adianta entrar em depressão ou estagnar. Lembre-se: O tempo não pára. E como amaremos o próximo se não amarmos nós mesmas?  Creio que, se temos intenções boas e positivas para melhorarmos nossos relacionamentos, com certeza, forças espirituais nos dará uma forçinha extra e tudo se iluminará. Fica a dica!

Texto de Leitora Anônima. 





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? CASAMENTO, divórcio e FILHOS ?



Queridos amigos, segue abaixo, uma rica e instrutiva entrevista


com o respeitado Pr. e Dr. Silmar Coelho, sobre o assunto Divórcio e Filhos.
Assim como este assunto é global, as palavras reflexivas aqui exposta,
 também é de global ajuda.
Desejo que direcione a toda familia para a paz, união, respeito e amor.
Obs: Para ler entrevista na inegra, acesse: www.silmarcoelho.com.br 
(Lana Brito)
Quais os primeiros sintomas comuns de uma crise no casamento?
  
1. Ausência de diálogo, silêncio / 2. Constantes discurssões
3. Cobrança e apontar erros / 4. Desprazer da vida sua

Dizem que a primeira crise séria do casamento vem depois do nascimento dos filhos, vc concorda?
Não. Na maioria das vezes a gravidez já é uma tentativa de chamar atenção e solucionar a crise.

Por que o nascimento dos filhos quase sempre traz uma mudança negativa para a vida do casal?

A mulher passa dar quase toda a atenção ao filho; toda mulher é preocupada por natureza. Além disso, a criança exige muito tempo e trabalho. Ainda tem os 40 dias de resguardo. Logo, o marido perde a atenção principal da mulher, não faz sexo por causa do resguardo e o cansaço da mulher e a constante preocupação da mulher com a criança, irrita o marido.

Como se precipitar às crises conjugais?

O Titanic afundou por várias razões. No entanto, a principal foi que seu capitão não ouviu os seis sinais de alerta que dizima que as águas ao norte estavam geladas e que havia icebergs. Ele teimosamente não mudou o rumo para o sul nem diminuiu a velocidade.

A vida emite sinais de alerta o tempo todo: Ultrapassar o limite do cartão de crédito ou usar o cheque especial – sinal de endividamento; o carro que não pega pela manhã e precisa ser empurrado – sinal de que ele vai nos deixar no meio da estrada. A febre – nos diz que temos uma infecção; a dor – nos avisa que alguma coisa está errada com o corpo.

A crise no casamento é até certo ponto benéfica. Ela nos avisa que algo está errado e que o rumo precisa ser corrigido. Quem dá atenção aos sinais e corrige a trajetória, viverá feliz para sempre. O casamento acaba por causa da teimosia em fazer as coisas do mesmo jeito, não mudar o rumo. Não podemos fazer sempre a mesma coisa e esperar resultado diferente.

Em meio à crise, quais as opções práticas para tentar amenizar os problemas?

A maioria dos brasileiros não sabe conversar sem agredir. O casamento que sobrevive à crise é aquele que não briga um com o outro, mas agride o problema. A família perfeita não é aquela que não tem problemas, mas aquela que aprende a resolver os problemas. A família perfeita é imperfeita.

Nunca diga: “Você me magoou!” Diga, “estou magoado”, assim dá para iniciar o diálogo e solucionar a questão.

Quem deve tomar a primeira atitude?

Melhor nunca magoar, pois o marido-esposa magoado é mais difícil de conquistar do que uma fortaleza. Geralmente quem toma a iniciativa é o mais humilde. Mas quando somente um toma a iniciativa da reconciliação, o outro vai casando e acaba por deixar pra lá. Os problemas vão se represando e acabam por virar uma barragem para que o rio do amor possa correr livremente, regando a terra do coração.

Cite alguns conselhos que todo casal deve
 adotar para ter uma vida conjugal saudável.

1. Nunca se endivide. Tudo o que é barato, por mais barato que seja, se você não precisa é caro.

2. Não deixe acabar o diálogo. No namoro, o casal conversa horas no portão ou pelo telefone. Não responda com monossílabos – sim! Não! To! Ta! Vou! É!

3. Não deixe acabar o romantismo. Não basta acender a fogueira tem que colocar lenha para o fogo continuar a arder.

4. Não esqueça as datas especiais.

5. Não canse de dizer; “Eu te Amo!”

6. Tenha uma vida sexual ativa.

7. Tem que ficar claro que a esposa-marido e os filhos estão em primeiro lugar.

8. Aprenda a perdoar. Não exija a perfeição que você não tem.

9. Não trabalhe demais. Tire, pelo menos, um dia por semana. Faça “breaks” de três em três meses. Tire férias. O diabo não tira férias, mas vive no inferno.

10. Cultive a espiritualidade.


Quando o divorcio é inevitável, de acordo com a sua opinião?

Ninguém pode casar já pensando no divórcio. Que assim faz terá grande possibilidade de divorciar-se.

A meta do relacionamento nunca foi e nunca será a destruição ou extinção da
família, mas o saneamento e a purificação das relações que existem entre os
seres humanos. As oportunidades aparecem quando os obstáculos são superados; problemas são eliminados abrindo caminhos para o entendimento, a maturidade e o crescimento.
O relacionamento deve evoluir e transformar-se, e não deteriorar-se. Tudo isso para você poder viver plena e abundantemente a experiência do amor. O amor atravessa barreiras, une extremos e transforma tudo pôr onde passa; guiado pôr ele, você supera dificuldades, vence limitações, ultrapassa conflitos e alcança aquilo que julgava impossível.

O divórcio só pode acontecer quando todas as possibilidades de reconciliação acabaram ou em casos extremos onde a agressão, a falta de respeito, a infidelidade, o medo, a desonestidade, o vicio, imperam.

Após o divorcio, como lidar com os filhos?

No divórcio não há vencedores, somente perdedores. Os filhos são os maiores perdedores.



... Não justifique o divórcio. Diga que você errou. Assuma as conseqüências do seu ato.





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CUIDADO! Palavras apenas, palavras pequenas, palavras...
Palavras não ditas muitas vezes podem desgastar a relação.


A intimidade tem dois lados: ao mesmo tempo em que os parceiros se sentem livres para dizer tudo o que pensam, há momentos em que algumas coisas não são ditas, por um achar que o outro já sabe, já absorveu a mensagem. Essas questões subentendidas ou mal ditas podem desgastar uma vida a dois, deixando-a mais perto do fim.
Para que um relacionamento seja recompensador, a comunicação é fundamental – seja ela verbal ou não verbal. “Pesquisas apontam que os casais encontram mais dificuldades quanto mais déficits apresentam no quesito comunicação e resolução de problemas”, afirma o psicólogo Paulo Sergio Estevão.

Segundo o especialista, somente podemos solucionar pendências quando comunicamos o que pensamos e o que sentimos dentro da relação. “Cabe aqui ressaltar que nem sempre o outro é capaz de entender ‘indiretas’ e que a culpa do não atendimento a uma exigência é daquele que não foi capaz de agir de maneira assertiva. Talvez então, quem fique mais magoado não seja sempre o homem ou a mulher, e sim, aquele que não teve condições de emitir comportamentos adequados com as situações”.
Segundo a psicóloga Andreia Calçada, as frases subentendidas, quando usadas de maneira consciente, até aquecem, apimentam a relação. Já Dr. Paulo Sergio pensa diferente. Ele acredita que as indiretas e sinalizações passam a fazer parte da vida de um casal somente quando já não há mais espaço para uma das partes (ou até para ambas), manterem um diálogo franco e aberto. “Sem essa disposição, não haverá interesse para todo o resto que envolve a relação”, afirma.

Com o fim da força do diálogo, alguns gestos típicos de casais também são esquecidos. “Alem do beijo, podemos citar o carinho simples e o andar de mãos dadas”, comenta Dra. Andreia. Dr. Estevão pondera: “É importante ressaltar que uma relação a dois não deixa de existir somente quando beijos e relações sexuais param de acontecer – ao menos não num primeiro momento. O desgaste acontece de forma lenta, quando não existe mais uma disposição para a ação, para inovar, admirar e sentir-se admirado, quando passa a existir no lugar disso desilusão, insegurança e desconfiança.”

Dr. Paulo lembra também que, nessa hora, as ironias e frases subentendidas com sentidos negativos e pejorativos passam a fazer parte da relação quase o tempo todo. E as palavras “eu te amo”, que significam “você reforça meus comportamentos” perdem o sentido. “Essa expressão é um comportamento verbal reforçador na relação e a partir do momento em que não há este reforço, os casais acabam entrando no que é chamado ‘processo de extinção’”.

O psicólogo finaliza explicando que as relações humanas se estabelecem por meio de trocas e de compartilhamento. “O aprendizado acontece aí. Estar em uma relação significa aprender, se desenvolver, tornar-se uma pessoa melhor e mais consciente de si mesma e de seus comportamentos. Toda essa dinâmica fica enriquecida quando expressamos o que pensamos e sentimos, pois é somente assim que se dá ao outro a possibilidade de também crescer e mudar”.

Autor: Bolsa de Mulher, 04/11/11


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Preconceito e racismo contra a mulher

Não é automático que direitos na lei signifiquem direitos na vida, principalmente quando falamos da situação das mulheres negras, conforme veremos a seguir:

A mulher negra tem sido, ao longo de nossa história, a maior vítima da profunda desigualdade racial vigente em nossa sociedade. Os poucos estudos realizados revelam um dramático quadro, que se prolonga desde muitos anos. Uma dramaticidade que está não apenas nas péssimas condições sócio-econômicas, produzidas por um sistema explorador. Mas também na negação cotidiana da condição de ser mulher negra, através do racismo e do sexismo que permeiam todos os campos da vida de cada uma. O resultado: um sentimento de inferioridade, de incapacidade intelectual e a quase servidão vivenciados por muitas.

A mulher negra está exposta à miséria, à pobreza, à violência, ao analfabetismo, à precariedade de atendimento nos serviços assistenciais, educacionais e de saúde. Trata-se de uma maioria sem acesso aos bens e serviços existentes em nossa sociedade e, em muito, exposta à violência. Entre as conseqüências extremas desta situação está o seu aniquilamento físico, político e social que chegam a atingir profundamente as novas gerações. A situação de máxima exclusão pode ser percebida quando analisamos a inserção da população feminina negra em diferentes campos: social, político e econômico.
O trabalho doméstico ainda é, desde a escravidão negra no Brasil, o lugar que a sociedade racista destinou como ocupação prioritária das mulheres negras. Nele, ainda são relativamente poucos os ganhos trabalhistas e as relações se caracterizam pelo servilismo. Em muitos lugares, as formas de recrutamento são predominantemente neo-escravistas, em que meninas são trazidas do meio rural, sob encomenda, e submetidas à condições subhumanas no espaço doméstico.

A mulher desempenha um papel essencial no desenvolvimento da produção sustentável e no consumo de bens e serviços para a sua família e a comunidade. Nos reassentamentos humanos, em zonas rurais e urbanas, não se leva em conta as famílias chefiadas por mulheres negras para a titulação e financiamento de moradias e definição de políticas afirmativas que garantam maior humanização de suas vidas.
 "Morrer antes do tempo" por causas preveníveis e evitáveis é uma realidade para a população negra brasileira, da infância à idade adulta, incluindo maior mortalidade materna e infantil.
O descaso e até a omissão pertinentes às doenças de maior incidência na população negra, com expressivas repercussões deletérias na saúde reprodutiva das mulheres negras – a exemplo de hipertensão arterial, anemia falciforme, diabetes tipo 2 e miomas uterinos – evidenciam o racismo arraigado na assistência e na pesquisa em saúde, assim como no aparelho formador, notadamente escolas de saúde.

A magnitude das decorrências do racismo na saúde mental das mulheres negras exige estudos e políticas públicas, pois é inegável o impacto em nosso cotidiano, gerando profundo rebaixamento de sua auto-estima, um dos fatores impeditivos de uma vida plena e saudável.
Estudos demográficos realizados no Brasil sobre nupcialidade revelam que os estereótipos produzidos pelo racismo em relação às mulheres negras determinam a sua rejeição no mercado afetivo, produzindo seqüelas negativas em sua auto-estima.

A opressão de gênero e raça vivida pelas mulheres negras é agravada para aquelas que tem a orientação sexual diferente da heterossexual. A violência contra a mulher é uma constante em praticamente todas a s sociedades e culturas, que não respeita fronteiras de raça ou cor, geração e classe social. Todavia, a ausência de dados sobre violência domestica a sexual com recorte racial, invisibiliza o papel desempenhado pelo racismo nesta modalidade de violência, o que impede atenção adequada nas áreas de segurança social, saúde e Justiça.  
O Brasil é uma das principais rotas do turismo sexual e do tráfico internacional de mulheres, onde meninas, jovens e mulheres não-brancas, especialmente das regiões norte e nordeste do país, são alvos fundamentais da indústria internacional do sexo. A manipulação da identidade cultural, étnica e racial dessas mulheres é o elemento constitutivo do sexy marketing que suporta o aliciamento e a exploração sexual dessas mulheres.  
A naturalização do racismo e do sexismo na mídia reproduz sistematicamente estereótipos e estigmas em especial sobre mulheres negras, trazendo prejuízos para a afirmação de sua identidade racial e valorização social.

A desvalorização das expressões da cultura afro-brasileira, produz formas particulares de folclorização e coisificação das mulheres negras, notadamente no carnaval e na manipulação dos símbolos das religiões de matriz africana.

As organizações de mulheres negras brasileiras vêm desenvolvendo uma série de experiências-modelo em diversos campos; tais como ações afirmativas em parceria com a iniciativa privada e universidades; capacitação de mulheres negras em comunicação, novas tecnologias, advocacy em mídia e em políticas públicas; cursos preparatórios para o acesso à Universidade; intervenções nos currículos, capacitação de educadores (as) e produção de recursos didático-pedagógicos altenativos, atendimento à saúde, psicossocial, jurídico e de direitos humanos às mulheres negras em várias regiões do país.

São experiências exemplares, através das quais buscamos sensibilizar e demonstrar aos governos, em todos os níveis, a viabilidade de políticas públicas para estas questões.
 
As condições desiguais a que as mulheres negras estão submetidas exigem a adoção de uma perspectiva inclusiva, que se expresse de imediato em medidas compensatórias para a melhoria das condições de vida, a erradicação do racismo, promoção da igualdade e garantia do exercício efetivo da cidadania.
Os temas arrolados neste documento constituem o eixo básico que norteará o documento a ser produzido pelas Organizações de Mulheres Negras para a III Conferência Mundial contra o Racismo, Xenofobia e Formas Correlatas de Intolerância. Rio de Janeiro, 1, 2 e 3 de setembro de 2000